Nos dias atuais a educação tem passado por várias mudanças em reflexo dos problemas políticos econômicos e sociais. Frente a essas inconstâncias, a escola tem vivido momentos de incertezas quanto à formação educacional dos alunos para atuarem como cidadãos na sociedade. Isso não quer dizer que a escola não vem desempenhando esse papel. Os avanços tecnológicos têm propiciado ao professor a inserção de recursos que ajudam o aluno à vivência de diferentes habilidades que auxiliam na construção de conhecimentos e essa prática precisa estar presente em todas as áreas do conhecimento.
O grande desafio da educação brasileira na sociedade contemporânea é garantir uma escola de qualidade, onde as pessoas apliquem no cotidiano os conhecimentos adquiridos no espaço escolar, ou seja, a escola precisa garantir uma trajetória escolar bem sucedida para os alunos. Neste contexto o educador matemático deve, em sua prática curricular, oferecer ferramentas para a apropriação crítica de conhecimentos trazendo situações globais para suas aulas, proporcionando situações que favoreça a investigação e o exercício do pensamento lógico e crítico do aluno, ou seja, preparando os discentes para a cidadania.
Educar para a cidadania implica imputar às ações praticadas em direção ao outro uma clara objetividade com relação àquilo que se compreende em cada sociedade como padrão de bem-estar. Deste modo, ao se determinar à escola o papel de “preparar” as crianças e os jovens para o exercício da cidadania, compreende-se que o entorno social destas crianças e jovens não mais reúne evidências que permitam à coletividade co-participar deste processo de preparação. É claro que o exercício da cidadania não se resume à aplicação daquilo que se constrói na educação formal; conseqüentemente, é igualmente claro que a escola não é capaz de cumprir tal missão inclusiva que lhe vem sendo imputada, quando a própria sociedade como um todo se exime de assumir seu verdadeiro papel como educadora, não assinalando a orientação geral do que vem, de fato, a ser um cidadão integrado à cidadania. O lugar da educação na sociedade contemporânea tornou-se profundamente ambíguo, ao passo que o lugar da escola, mistificado, ora como alegoria da construção humana, ora como último reduto de um ideal de sociedade que se perdeu na história recente da humanidade.
Dessa forma, tanto a escola quanto a sociedade devem preparar o cidadão a fim de que ele possa ter pensamentos autônomos, que ele saiba criticar e tomar decisões por si mesmo. Ele deve ter liberdade de pensamento, sentimento e imaginação no intuito de desenvolver seus talentos. Em suma, deve-se preparar o aluno para a vida.
Referências:
http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/ped/
(2003). “O professor e os processos educacionais”. In: Processos educacionais – os lugares da educação na sociedade contemporânea. Rio de Janeiro. Papel Virtual.